Nos últimos dois anos, os números não param de aumentar. De acordo com as Nações Unidas, morreram mais de dez mil pessoas. Um número que classifica de "horrível".
Um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) declarou hoje em Genebra, Suíça, que o número foi atingido nos últimos dias.
Em 2014, precisa o comunicado das Nações Unidas, morreram 3.500 pessoas, em 2015 perderam a vida 3.771 e, nos primeiros seis meses deste ano, já morreram 2.814 refugiados.
Um número "horrível", acrescentou Adrian Edwards.
Por sua vez, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que não depende da ONU, estima que tenham perdido a vida no Mediterrâneo este ano 2.809, um número muito superior em relação ao primeiro semestre de 2015, quando perderam a vida 1.838 refugiados.
A OIM acrescenta ainda, num comunicado, que desde o início do ano e até 5 de junho, 206.400 refugiados e migrantes chegaram à Europa pelo mar, através da Grécia, Chipre e Espanha.
No domingo, a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho relatou que uma série de naufrágios de embarcações com migrantes no Mediterrâneo nos últimos 10 dias tinha causado 890 mortos. No total, 1.086 pessoas desapareceram ou afogaram-se nas águas do Mediterrâneo só no mês de Maio-
Cláudia Arsénio – TSF – Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters
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