José António Saraiva, ex-director dos semanários Expresso e Sol, vai lançar um livro com revelações íntimas de 42 personalidades públicas portuguesas, entre as quais muitos políticos, e é Passos Coelho quem vai apresentar a obra.
O Diário de Notícias garante que Passos Coelho vai estar na apresentação do livro “Eu e os Políticos – O Que não Pude (ou não Quis) Escrever até hoje”, que contém revelações íntimas – incluindo sobre a vida sexual – recolhidas pelo autor em“conversas privadas”, no próximo dia 26 de Setembro, em Lisboa.
Passos Coelho “aceitou o convite mesmo antes de ler o livro”, salienta um assessor do líder do PSD numa nota enviada ao DN.
“Este convite foi aceite tendo em conta a admiração que o Dr. Pedro Passos Coelho tem pela carreira e pelo papel que o arquitecto José António Saraiva desempenhou e desempenha no jornalismo português”, salienta o mesmo assessor.
O livro contém “revelações sobre a vida íntima de políticos”, incluindo de algumas “personalidades que já morreram”, reporta o DN.
A obra inclui também, conversas com Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, com os ex-Presidentes da República Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva e com os ex-primeiros-ministros Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e José Sócrates.
Há ainda revelações sobre os irmãos Paulo Portas e Miguel Portas, sobre Álvaro Cunhal e sobre os banqueiros António Horta Osório e Jorge Jardim Gonçalves, revela o DN.
Saraiva assume que obra roça “violação da privacidade”
A capa da obra mostra as fotos de vários políticos e um desenho do buraco de uma fechadura, com o carimbo “o livro proibido”.
É o próprio José António Saraiva que, no epílogo, assume que as “revelações duras”que ele contém “roçam a violação da privacidade”, conforme cita o DN.
“Mas, insisto, é o preço a pagar por uma iniciativa como esta. Só guardei para mim aqueles segredos cujo interesse público, em meu entender, não mereceria os danos que a sua divulgação poderia causar”, escreve ainda o jornalista.
O DN nota que “Saraiva parece revelar uma obsessão com pormenores da vida íntima”, contando, entre outras coisas, que “um político (já falecido)” lhe revelou que “outro político (ainda vivo) é homossexual” e abordando “a “paixoneta” da mulher de um político por outro político“.
A obra cita ainda “ex-líderes partidários” a falarem “de forma desprimorosa ou mesmo insultuosa” sobre outros líderes partidários ou apontando como uma “jornalista conseguia obter muitos exclusivos junto de alguns políticos porque tinha ‘uma arte muito feminina de se insinuar’”.
ZAP
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