Gestora aeroportuária aconselha passageiros em voos para fora do espaço europeu a chegarem com antecedência para minimizar transtornos causados pela greve do SEF
Se as filas de espera para controlo de passaportes de passageiros de fora do espaço Schengen já estão a demorar várias vezes o tempo definido como ideal, nos últimos dias da semana prevê-se que os atrasos se tornem num pesadelos. A greve do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, marcada para os dias 24 e 25, irá reduzir a um terço, sabe o DN, o número de inspetores a trabalhar nos postos de controlo de fronteiras nos diferentes turnos - dez no período mais movimentado, o da manhã, oito no da tarde e seis no da noite. Estes slots costumam ser assegurados por 30, 16 e 12 agentes, respetivamente.
"Ao elevado tráfego que se regista nos aeroportos nesta altura do ano, é previsível que os procedimentos de controlo de passaportes prestados pelo SEF sofram atrasos, os quais afetarão os passageiros", admite a ANA, aconselhando por isso os passageiros a chegar ao aeroporto quatro horas antes da hora a que vão viajar. Sobretudo quando o destino é fora da Europa ou um dos destinos seguintes: Bulgária, Croácia, Ilhas Faroé, Irlanda, Reino Unido, Roménia, Rússia, Turquia e Ucrânia.
"Em caso de dúvida, os passageiros devem contactar as companhias aéreas em que vão voar", aconselha ainda a gestora aeroportuária.
A falta de reação da ministra da Administração Interna aos pedidos do SEF no sentido de reforçar esta polícia com pelo menos 200 inspetores levou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras às últimas consequências: uma greve de dois dias que irá afetar cerca de 30 mil passageiros de fora do espaço Schengen com passagem num dos 85 voos previstos para aqueles dois dias.
"Há um número muito significativo de recursos humanos no aeroporto", defende Constança Urbano de Sousa, apesar de o SEF não receber novos elementos desde 2004. A entrada de 45 novos agentes no próximo ano - o concurso já abriu - não é suficiente para dar uma resposta adequada ao aumento exponencial do número de turistas no país, responde o sindicato dos trabalhadores do SEF, que justifica esta paralisação com "a absoluta falta de meios humanos e materiais para que os inspetores possam realizar com segurança e rapidez as missões de órgão de polícia criminal, de serviço de segurança e de polícia integral de imigração".
DN
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