António Arnaut, que há 38 anos foi o responsável pela lei fundadora do Sistema Nacional da Saúde, apresenta o livro "Salvar o SNS: Uma nova lei de bases da saúde para defender a democracia". |
António Arnaut, advogado e político agora com 82 anos, abriu as portas de casa à TSF e referiu a existência de pressão dos privados na saúde, mas também de promiscuidade entre público e privado, colocando em causa as PPP (Parcerias Público-Privadas).
O "pai" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) critica também a falta de reconhecimento político do SNS para o bem-estar e para coesão social. "Os políticos não recorrem ao Serviço Nacional de Saúde" e por isso "não veem com olhos de ver o valor do SNS para o bem-estar e a coesão social. Não compreenderam o sentido que tem na defesa da dignidade", num país que tem cerca de dois milhões de pobres e outros dois milhões em risco de pobreza.
António Arnaut refere ainda que é preciso garantir as carreiras profissionais no setor da Saúde.
Este sábado António Arnaut apresenta, com João Semedo, uma nova lei de bases da saúde para defender a democracia, a sublinhar a necessidade de melhorar a qualidade e resposta do SNS. Arnaut considera que os tempos de espera para consultas e cirurgias são incompreensíveis.
Este livro, defendem os autores, é o primeiro passo para colocar o país, e sobretudo os políticos, a discutir a situação atual do Serviço Nacional de Saúde.
Fonte: TSF
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