sexta-feira, 20 de abril de 2018

Metro do Porto admite encerrar linhas se greve na EMEF continuar

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A Metro do Porto admitiu hoje encerrar algumas linhas caso a greve dos trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) "não venha entretanto a ser desconvocada".

Segundo fonte oficial da transportadora, "embora não seja parte neste diferendo entre trabalhadores e a sua entidade patronal, a Metro do Porto fará tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar a melhor capacidade e qualidade de serviço possíveis".

A Metro do Porto, acrescentou a fonte, "continuará nas próximas horas e dias a prestar e a atualizar toda a informação relativa às condições de funcionamento da sua rede".

Na segunda-feira, Paulo Milheiro, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários (SNTF), disse à Lusa que, por falta de manutenção, "dos 72 veículos existentes [no metro do Porto] estão a andar menos de 40", sendo que, "no final do mês, provavelmente não haverá metro".

"Os metros vão saindo de linha conforme as avarias e depois chegam às oficinas e não têm ninguém para fazer a manutenção", explicou o dirigente sindical.


Naquele dia, fonte oficial da Metro do Porto confirmou que a greve na EMEF "tem provocado impacto na operação" da empresa.

Na sua página na internet, a empresa refere que, pelo menos, desde há duas semanas as suas linhas estão "condicionadas", existindo "redução de frequências e alterações de horários, devido à greve dos trabalhadores da EMEF (empresa responsável pela manutenção dos veículos)".

Segundo o sindicalista, a frota da Metro do Porto é composta por 102 viaturas, já que aos 72 veículos do modelo 'Eurotram' se juntam 30 do modelo 'tram train', sendo que a paralisação nas oficinas do Norte da EMEF tem sobretudo afetado a operação atualmente em curso de revisão de frota dos 72 'Eurotram'.

O mesmo dirigente explicou na segunda-feira que as perturbações na circulação do Metro do Porto são ainda resultado da greve de três horas por turno que decorreu de 29 de março a 12 de abril nas oficinas de Guifões, em Matosinhos, mas a situação não chegará a normalizar perante a paralisação que teve início na terça-feira e se prolonga até ao fim do mês, desta feita nas duas oficinas da EMEF no Norte (Guifões e Contumil).

Antes disso, os trabalhadores das oficinas de Guifões e Contumil já tinham estado em greve entre 12 e 16 de março, estando atualmente em curso (desde o passado dia 07 até dia 22) uma outra greve nas oficinas dos Alfa pendulares em Contumil.

Fonte: Lusa
Foto: © Wikimedia Commons



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