quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Polícias em greve na capital brasileira devido aos Jogos Olímpicos

Brasília funciona como sub-sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Polícias civis do Distrito Federal aprovaram, esta quarta-feira, em assembleia, uma paralisação geral de 48 horas entre hoje e sexta-feira, período que inclui jogos de futebol em Brasília no âmbito dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
O estádio Mané Garrincha, em Brasília, cidade que funciona como subsede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, recebe duas partidas de futebol masculino quinta-feira à tarde, na estreia da modalidade na competição, nomeadamente o embate entre Iraque e Dinamarca e, mais tarde, a partida que opõe Brasil e África do Sul.
Além da greve, o grupo - que tem vindo a manifestar-se nas últimas semanas -, aprovou a entrega dos cargos de chefia e decidiu fazer uma manifestação hoje no estádio Mané Garrincha, durante o jogo do Brasil, segundo o jornal Correio Braziliense.
O grupo defende a equiparação do reajuste salarial da categoria com o da Polícia Federal.
Em carta divulgada no final de julho, o governador Rodrigo Rollemberg comentou que considera a equiparação salarial justa, mas avisou que a negociação salarial "deve levar em conta a situação de grave crise" que o Brasil enfrenta.
O portal G1 escreve que o funcionamento de uma esquadra no interior do estádio, sob a arquibancada, também poderá ser suspenso.
No entanto, em declarações aos jornalistas na semana passada, a secretária de Segurança Pública do Distrito Federal, Márcia de Alencar, não se mostrou preocupada com a segurança, afirmando que os plantões para os Jogos "estarão reforçados e garantidos independentemente das circunstâncias de adesão à greve".
"A operação [nos Jogos Olímpicos] dá-se principalmente no policiamento de rua e em operações de salvamento, feitos pela Polícia Militar e pelos bombeiros", referiu.
Os Jogos Olímpicos acontecem numa altura em que o Brasil enfrenta uma longa recessão económica e um aumento de desemprego.
Os Jogos trazem também preocupações acrescidas com a segurança, não só pelo historial de criminalidade violenta no país, mas também pelo recente fenómeno de terrorismo ‘jihadista’ que assola o mundo.
Lusa

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