Enquanto dormia
No PS, surgiu uma crítica de um peso-pesado às últimas polémicas fiscais. Ontem à noite, no seu espaço de comentário na TVI, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, criticou o governo “pela forma pouco preparada" como surgiu o debate sobre o novo imposto imobiliário e avisou para o risco de se afastar o investimento estrangeiro.
O Governo pretende que seja possível sair da função pública através de uma rescisão amigável e recebendo até um máximo de trinta salários, preenchidos determinados requisitos. Segundo o Correio da Manhã (sem link disponível), é o resultado das negociações com os sindicatos sobre os trabalhadores na requalificação.
Ainda sobre a função pública: os sindicatos estão a usar uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre Espanha para denunciar a existência, em Portugal, de mais de 70 mil trabalhadores com contratos a termo no Estado. A notícia é doDN.
O Benfica venceu ontem o Braga por 3-1, ficando assim à frente no campeonato. O Rui Miguel Tovar, que assistiu a tudo do princípio ao fim, esteve especialmente atento a Pizzi, como se percebe pela crónica do jogo: "O 21 benfiquista liberta para Gonçalo Guedes no 1-0 de Mitroglou, assina o 2-0 e ainda assiste para o bis do grego".
É mais um aviso a Trump. Uma antiga vice-governadora do estado de Maryland publicou uma foto no Facebook com George Bush (pai) e escreveu que o antigo Presidente (e um dos históricos do Partido Republicano) vai votar em Hillary Clinton.
Vamos então tentar perceber: o que quer realmente Mariana Mortágua? Já sabemos que quer que o PS "perca a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular dinheiro" para impedir "uma acumulação brutal de capital nos 1% do topo"; e sabemos também que quer "encontrar uma alternativa a este sistema capitalista financeirizado". Mas isso quer dizer o quê, exatamente? O Vítor Matos foi fazer todas as perguntas à deputada do BE que este fim de semana foi aplaudida fervorosamente pelo PS e trouxe algumas respostas. Mariana Mortágua quer, por exemplo, “um sistema capitalista sem livre circulação de capitais”, como existia na época de Bretton-Woods. Quer “a nacionalização de setores estratégicos construídos com dinheiros públicos que sempre pertenceram ao povo português, como aeroportos ou telecomunicações, que nunca deveriam ter sido privatizados.” E quer ainda a nacionalização da banca. É uma discussão antiga, muito antiga, que envolve lutas fraternais (ou fratricidas, escolha como preferir) entre a extrema-esquerda, o PCP e o PS.
Os colunistas do Observador também estão a contribuir para este debate. Rui Ramos, em "O bloquismo, doença infantil da geringonça", pergunta: "Muito depende agora do PSD e do CDS: que farão eles com uma classe média que começa a descobrir que a geringonça pode não ser afinal inofensiva para as suas poupanças, patrimónios e aspirações?". E Maria João Avillez, em "Cá estamos. Mas onde?", escreve: "O ar do tempo já em nada se compara com as pequenas mentirinhas, as manhas, os volte face, as gafes a que estávamos habituados. A coisa virou: o relógio português andou décadas para trás e os leninistas voltaram a entrar aparatosamente em cena, legitimados pelo líder do partido socialista e chefe do governo. Uma estreia absoluta".
São seis avisos e todos sérios. O relatório da Comissão Europeia relativo à quarta visita a Portugal no pós-troika usa várias vezes a palavra "risco". Há muitos riscos: na recuperação económica, que está a ser apenas "moderada" e demasiado assente na procura interna; na reposição dos salários, que pode pôr em causa o défice; na recompra de 50% da TAP, que pode colocar pressão sobre a dívida; no aumento do salário mínimo, que pode diminuir a criação de emprego; nas incertezas da banca, especialmente na Caixa Geral de Depósitos e no Novo Banco; e nas pensões, por ainda não ter sido feita uma reforma geral do sistema.
E há ainda a entrevista de Carlos César à TSF, que os técnicos da Comissão Europeia não conheciam quando escreveram o relatório: o líder parlamentar do PS afirmou, com candura: "É possível que as nossas previsões [económicas] não se venham a confirmar mas temos alguns indicadores que são prometedores”.
A eleição do novo presidente do Conselho Económico e Social continua a dividir PS e PSD. Carlos César pediu aos social-democratas que ajudem a eleger Correia de Campos e Luís Montenegro afirmou, numa entrevista à TSF, que "tudo fará" para cumprir o compromisso com os socialistas, depois do primeiro falhanço. Veremos se o "tudo" é suficiente.
Marcelo Rebelo de Sousa discursa hoje pela primeira vez na ONU. O Presidente da República vai falar sobre refugiados, sobre as alterações climáticas e sobre os oceanos.
Também na ONU, continua a campanha pelo cargo de secretário-geral. António Guterres (que precisa do apoio de Putin) deu uma entrevista à agência noticiosa russa Sputnik onde afirmou a sua independência e imparcialidade e elogiou a Rússia pela forma como construiu uma sociedade multicultural e de várias nações a viverem em conjunto (declarações que são um caso claro da diplomacia a entrar em choque com a História).
Ainda vamos ter mais seis meses (pelo menos) de Operação Marquês. Mas esse não é o único número relevante. O Luís Rosa pegou na máquina de calcular e concluiu, por exemplo, que a base dados da Operação Marquês já tem quase o dobro do tamanho da dos Panama Papers - são mais de 9 milhões de ficheiros informáticos.
Antero Luís, juiz e ex-diretor do SIS, apresentou uma queixa contra Carlos Alexandre (e contra a procuradora Susana Figueiredo) no Conselho Superior da Magistratura (e no Conselho Superior do Ministério Público). Em causa está a forma como o seu nome foi envolvido no processo dos Vistos Gold.
A cidade de Lisboa está com obras por todo o lado e, no Observador, Laurinda Alves escreve ao presidente da Câmara, em nome de todos os que são portadores de deficiências: "Não sei como nem quando acabarão todas estas obras em curso, mas estamos mais que a tempo de vistorias para verificar se cumprem os requisitos da livre acessibilidade. Pode garantir que isso acontece?"
A polícia de Nova Iorque prendeu ontem, depois de um tiroteio, o suspeito de ter colocado várias bombas em caixotes de lixo. Mas quem é Ahmad Khan Rahami, que trouxe de volta o medo e o terrorismo a Nova Iorque? Para já, sabe-se que nasceu no Afeganistão, naturalizou-se americano em 2013 e viajou várias vezes para o Afeganistão e para o Paquistão.
Os nossos Especiais
Martim Moniz, o Galo de Barcelos, os nossos castelos. A História de Portugal? Se calhar, as coisas que pensa que aconteceram talvez não tenham acontecido. A Rita Cripriano falou com Ricardo Raimundo, historiador e colaborador do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, sobre o seu novo livro, Episódios da História de Portugal que não aconteceram bem assim…, e trouxe algumas surpresas.
Notícias surpreendentes
No final de 2018, o Palácio Nacional da Ajuda estará concluído, ao fim de 200 anos. Ali estarão em exposição, por exemplo, as Joias da Coroa e a coleção de ourivesaria da Casa Real portuguesa.
Foi mais um exemplo de que, no desporto, o mais importante não é ganhar. O britânico Alistair Brownlee podia ter ganho o mundial de triatlo, mas, quando viu o seu irmão Jonathan desorientado a poucos metros do parte final da corrida, parou para o ajudar e amparou-o até cruzarem os dois a meta. Ficaram em segundo e terceiro lugar. Este vídeo viral mostra o momento inesquecível.
São 25 das imagens mais aterradoras que circulam na internet. A Marta Leite Ferreira juntou-as nesta fotogaleria e explica-as - pelo menos, aquelas que têm uma explicação
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