terça-feira, 20 de setembro de 2016

Encontros Mágicos continuam a surpreender Coimbra

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A 20.ª edição dos Encontros Mágicos de Coimbra teve início hoje de manhã com atuações de cinco artistas e a presença de várias centenas de pessoas, algumas das quais apanhadas de surpresa pelos espetáculos numa praça da cidade.
Carlos Garrote, de 24 anos e residente em Coimbra, "não só não sabia que" esta semana há magia na cidade, como também desconhecia "a existência do festival" que se realiza há duas décadas, em diversos espaços da cidade e, mais recentemente, também em outras localidades do concelho e da Figueira da Foz.
"É uma agradável surpresa", afirma Carlos, que concluiu este ano o curso de música e tinha acabado de participar, como voluntário, num número do belga Sebastien.
Mas mais surpreendido ficou, confessa, quando lhe apareceram num bolso das calças primeiro três cartas e, depois, uma nota de cinco euros. "Eu não tinha nada, mesmo nada, no bolso, tenho a certeza", sublinha.
"Quando vemos estas coisas, somos tentados a pensar que se trata de falsos voluntários", de cúmplices do artista, admite Carlos, assegurando que esse não foi o seu caso.
"Sei que tem de haver um truque qualquer, mas fico irritada por não o perceber", comenta Cristiana Lopes, enquanto a atuação da canadiana Bily Kidd provoca exclamações e aplausos.
Cristiana, estudante de tecnologia de saúde, residente em Coimbra, também só hoje teve conhecimento da existência do festival, tal como a sua colega Adriana Louro, de Viseu.
As magias sucedem-se junto à entrada da Igreja de Santa Cruz, na Praça 8 de Maio, em plena Baixa da cidade, por onde vão passando conimbricenses e turistas, muitos dos quais não resistem em interromper o seu trabalho ou passeio de lazer.
O guia de um grupo de turistas levanta o tom de voz com que vai explicando, em castelhano, a história e arquitetura do monumento, mas o seu esforço não se consegue sobrepor à curiosidade e alegria suscitadas pela artista canadiana.
Mas o grupo, essencialmente de idosos, lá acaba por entrar na Igreja. No regresso ao exterior, a cena repete-se e só com a advertência de que há ainda muito para ver em Coimbra e horários a cumprir, o guia consegue fazer com que o programa da visita seja retomado.
No patamar de acesso ao monumento, dois degraus acima do piso da praça, então transformado em palco de ilusões, o espanhol Pepin Banzo tira lenços da cor pedida pelo público de dois cilindros vazios e arranca gargalhadas e palmas da numerosa assistência.
A sua atuação -- 'jogo do dois tubos' -- termina com o aparecimento de arroz, que é a comida preferida de um voluntário, que se despede com um abraço entre ambos, logo seguido de outro ainda mais efusivo, quando o artista descobre que o seu colaborador de ocasião também se chama José.
É muito gratificante "fazer com que as pessoas esqueçam, ainda que por alguns momentos, os problemas e dificuldades da vida", afirma à Lusa, após a sua atuação, o brasileiro Dan Marques. Depois do Festival Internacional de Magia de Coimbra/Encontros Mágicos, Dan segue para Espanha, para "levar alguma felicidade e alegria às pessoas", que é aquilo que ele mais gosta na sua magia.
O festival seguiu, depois, para Taveiro e para os Hospitais da Universidade (quarta-feira a magia solidária acontece no Pediátrico, na quinta no Instituto de Oncologia e na sexta no estabelecimento prisional), para voltar, ao final da tarde, à Baixa da cidade.
Na Praça 8 de Maio continuam, entretanto, expostos os cartazes das 20 edições dos Encontros organizados por Luís de Matos, com apoio do município, e a distribuição do programa do evento. "Esta ano quando e onde é a gala internacional?", pergunta André Calhau, 18 anos, estudante de multimédia e "verdadeiro fã dos Encontros".
A gala internacional, que se tem realizado no Teatro Gil Vicente, é este ano no recém-aberto centro cultural e de congressos do Convento São Francisco, nas noites de sexta-feira e sábado.
Mas, entretanto, até domingo, as ruas e praças de Coimbra e de cinco outras localidades terão a magia de 23 artistas de dez países, num total de 127 espetáculos para "dezenas de milhares de espetadores", como nas últimas edições, prevê a organização.
Lusa
Imagem:diariodigital

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