Uma equipa de investigadores na Suíça confirmou aquilo que muita gente já desconfiava: beber um copo de cerveja pode deixar as pessoas mais sociáveis.
O estudo, levado a cabo por investigadores da Universidade da Basileia, na Suíça, contou com a participação de 60 voluntários, segundo a BBC.
Homens e mulheres em igual número tiveram de beber cerveja com e sem álcool e, de seguida, foram submetidos a uma série de testes, entre os quais reconhecer rostos, nível de empatia e excitação sexual.
Os resultados da pesquisa foram óbvios, isto é, comprovaram aquilo que há muito já se desconfiava: as pessoas que beberam a cerveja com álcool demonstraram mais vontade de estar na companhia de outras pessoas, num ambiente animado e com muita conversa à mistura.
Além disso, os voluntários reconheceram mais facilmente caras alegres quando tinham bebido cerveja com álcool.
De acordo com a BBC, a diferença foi mais percetível entre os voluntários do sexo feminino e aqueles que, no início, eram mais inibidos.
O estudo verificou ainda que a cerveja fez com que os voluntários tivessem menos pudor em ver imagens de conteúdo sexual explícito mas sem alterar, porém, o nível de excitação.
Para o responsável pelo estudo, Matthias Liechti, este estudo vem preencher uma lacuna nesta área de conhecimento.
“Embora muita gente beba cerveja e conheça os seus efeitos por experiência própria, surpreendentemente existem poucos dados científicos sobre os efeitos do álcool no processamento das informações emocionais e sociais”, afirmou o investigador.
A pesquisa foi publicada na revista científica Psychopharmacology e apresentada, em Viena, na Conferência do Congresso Europeu de Neuropsicofarmacologia.
Na opinião do ex-diretor do comité científico desta conferência, Wim van den Brink, o estudo vem confirmar o facto do álcool ser “um lubrificante das relações sociais” e que “o uso moderado do álcool deixa a maioria das pessoas mais felizes, mais sociáveis e menos inibidas quando se trata de sexo”.
Quanto à discrepância observada entre homens e mulheres, o académico diz que pode ser explicada “por diferenças na concentração de álcool no sangue” entre os dois sexos, “diferenças ao nível da tolerância adquirida ao longo do tempo ou por fatores socioculturais”.
ZAP / BBC
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