 |
 |
Bom dia,
Em Paris, o debate entre os candidatos à direita foi dominado por... Donald Trump. A política externa foi mesmo o que mais dividiu os sete candidatos à sucessão de François Hollande.
Em Washington, a presidente da Fed deixou claro que fica. Apesar de Trump dar sinais de querer nomear para o banco central um republicano.
Em Londres, Schauble avisou Theresa May de que o Reino Unido não vai ter facilidades na saída da União Europeia. Haverá contas a pagar, disse ao Financial Times. O mesmo jornal diz que, só no orçamento, já há um problema de 100 mil milhões por resolver.
Em Los Angeles, um vestido de Marilyn rendeu mais de 4 milhões de euros. Aquele vestido com que a actriz cantou a JFK um... simpático "Happy birthday, Mr President".
Em Alvalade, o Sporting goleou, mas o Praiense fez a festa primeiro. Tinham passado apenas 87 segundos do jogo entre o Sporting Clube de Portugal e o Sport Club Praiense. Nesse momento, um jogo que não deveria ter história passou a ter uma história. E essa história é muito bem contada pelo Marco Vaza.
A notícia do dia
Vêm aí muitas mudanças no Orçamento para 2017. Esta noite acaba o prazo para que os partidos apresentem alterações à proposta do Governo, mas há muitas que já conhecemos - algumas que lhe avançámos em primeira mão. Aqui vai uma lista, para se manter actualizado:
- As empresas públicas vão voltar a ter progressão nas carreiras, consequência da pressão do PCP e BE. O Governo mandou estudar o impacto financeiro da medida - e a aplicação gradual dependerá dos resultados que tiverem chegado nas últimas horas às Finanças. É a manchete do PÚBLICO de hoje.
- O novo IMI ainda vai mudar: não se aplicará, afinal, ao comércio e serviços, sendo compensada com alguma progressividade para património com valor mais elevado. As empresas offshore, claro, acabaram por ser apanhadas.
- O IVA dos passes nos transportes públicos vai ser descontado no IRS. A medida chegou a estar prevista no documento inicial, mas só agora foi fechada.
- Vem aí outro aumento de seis euros para as pensões mais baixas, um extra face ao previsto.
- O PS vai baixar a tributação dos cigarros electrónicos, diferenciando-os do tabaco normal.
Para já é isto, mas logo mais estaremos atentos às últimas propostas que entrarem no Parlamento. Assim como à audição de Mário Centeno, esta manhã. Até lá, vale a pena passar os olhos pelos últimos avisos de Jerónimo de Sousa ao PS, no jornal i: esta aliança só foi possível por motivos extraordinários, não é repetível.
Outras notícias, em síntese
Uma notícia inesperada: Sousa Cintra vai, afinal, poder procurar petróleo no Algarve. O Governo deixou passar o prazo para travar o contrato assinado com o empresário. Se quiser perceber melhor a polémica, aqui estão as perguntas e respostas.
Novas pistas sobre a Caixa: Lobo Xavier disse ontem na SIC que "há compromissos escritos" entre Governo e António Domingues, que provam a intenção de todos de dispensar a entrega de declaração de património no TC.
Sem confirmação também, o Jornal Económico diz que Domingues admite ficar como presidente da CGD, mesmo perdendo alguns dos colegas de administração. Pista a seguir, nas próximas horas (ou dias). Esta noite, o PSD deixou uma crítica: "Já chega de brincar com a Caixa".
Um sinal a ter em conta (dos mercados): Taxas de juro dos países periféricos do euro continuaram esta quinta-feira a subir, com os mercados a anteciparem o que pode acontecer se o BCE reduzir os seus estímulos. Portugal fica, assim, sob pressão.
Uma acusação nos Comandos. Recrutas dos Comandos só puderam beber água quando já tinham lesões neurológicas; os exames pedidos apontam para crimes, indiciando agressões e desidratação extrema. Sete militares foram detidos. O Pedro Sales Dias conta-lhe tudo aqui.
E outra acusação, muito assustadora. Um grupo terá matado um empresário de Braga e dissolvido o corpo em 500 litros de ácido.
Um negócio suspeito sob investigação: envolve a Câmara de Matosinhos e uma IPSS, apanhando pelo meio uma deputada do PS (e potencial candidata à câmara). A notícia é da Margarida Gomes.
Um estudo relevante, mostrando disparidades entre imigrantes. Os trabalhadores chineses ganham pouco mais de metade dos portugueses e os espanhóis mais do dobro. Em média, os imigrantes recebem menos 8% do que nós.
Uma conversa para a Rainha de Inglaterra. Foi isto que Marcelo disse a Isabel II, só no primeiro minuto do encontro (imagine o resto). O Miguel Esteves Cardoso escreveu isto logo a seguir (e fez-me chorar a rir). Mais a sério, a Leonete Botelho fez o retrato da visita oficial a terras de Sua Majestade.
Boas leituras para si
Aquela entrevista a Isabelle Huppert, de que lhe falei ontem. Em Elle, o novo filme de Verhoeven, ela é Michèle LeBlanc, destemida e irónica, a domar o Mal. E diz Isabelle, na nossa entrevista: "Tive a sensação de estar completamente nua".
A história da única exposição adiada em seis anos de MNAA, onde a Isabel Salema e a Lucinda Canelas nos explicam como há uma estranha normalidade nos museus portugueses, que nunca abrem exposições a tempo. E com isso acrescentam como está mal contada a história do adiamento da exposição do ano, no Museu de Arte Antiga (o único que não se atrasava). By the way, a exposição chama-se "A Cidade Global" e é assim.
"Putin tem poderes ditatoriais, mas não é um ditador". Steven Lee Myers, ex-correspondente em Moscovo do The New York Times traça em "O Novo Czar: A Ascensão e o Reinado de Vladimir Putin" o percurso do homem que moldou a Rússia de hoje. O João Ruela Ribeiro entrevistou-o e garante que vale bem a leitura.
Hoje acontece
(para além do que lhe lhe contei)
Uma manifestação de sindicatos da Administração Pública. O protesto acontece em Lisboa, depois do almoço e pode prejudicar alguns serviços públicos, mas também a circulação entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República.
Terminam as votações para bastonário dos Advogados. Mas já há quem peça a suspensão das eleições.
Em Marraquexe, termina a cimeira do clima. Sem certezas sobre o que fará Trump ao acordo de Paris, cerca de 200 nações assumiram o compromisso de apoiar financeiramente os países pobres.
Só mais um minuto
Talvez um pouco mais do que um minuto, desta vez. É que estas são as 100 fotografias mais influentes de sempre. Pelo menos para a revista Time, foram as que mais mudança e emoção nos causaram.
E se lhe desse, também, uma volta à vida em 40 canções? Foi o que fez a Mísia num novo disco, que chega hoje às lojas.
A semana está quase a acabar (eu escrevo que foi "quase um mar de rosas", nas minhas Notas da Semana), pelo que me cabe desejar-lhe um óptimo fim-de-semana, apesar da chuva e do frio. Veja as coisas assim: a previsão para os próximos dias aponta para sofá e cobertor. Aproveite bem, com o PÚBLICO na mão - e O Inimigo Público também.
Até já!
__________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário