Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro
| MARIA JOÃO GALA / GLOBAL IMAGENS
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O dinheiro foi utilizado na recuperação do antigo Convento das Carmelitas e foi devolvido por incumprimento dos objetivos da candidatura
O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves (PSD/CDS/PPM), disse esta quinta-feira que a autarquia teve de devolver 217 mil euros de fundos comunitários utilizados na recuperação do antigo Convento das Carmelitas por incumprimento dos objetivos da candidatura.
O edifício, com mais de 200 anos de história, foi alvo de obras de recuperação para receber a "Casa da Cidadania", que se destinava a acolher associações culturais e recreativas e a Universidade Sénior.
No entanto, o espaço acabou por ser cedido, em 2009, pelo anterior presidente da Câmara, Élio Maia, ao Ministério da Justiça para a instalação do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Aveiro.
A cedência de utilização foi acordada a título gratuito e provisório, até à construção do futuro Campus da Justiça de Aveiro, o que não aconteceu até ao momento, por decisão dos sucessivos governos.
"Como a autarquia não cumpriu os objetivos da candidatura teve de devolver o dinheiro ao Programa Operacional da Região Centro", disse Ribau Esteves.
A candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para a recuperação e valorização do antigo Convento das Carmelitas foi feita no valor de 542 mil euros, dos quais 217 mil foram comparticipados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Entretanto, a autarquia anunciou ter chegado a acordo com o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) para rever as condições de utilização daquele espaço, por forma a serem acautelados os interesses do município e a devida preservação do edifício.
Nesse sentido, as duas entidades assinaram um memorando de entendimento que prevê que o IGFEJ passe a pagar uma renda mensal pela utilização do edifício, tendo sido solicitada uma avaliação à Direção-Geral do Tesouro e Finanças, do Ministério das Finanças, que homologará o valor a pagar.
Ainda de acordo com o memorando, o IGFEJ vai pagar as obras "urgentes de conservação e beneficiação" do Convento das Carmelitas, que têm um valor estimado de 60 mil euros, estando o projeto em fase final de elaboração.
Fonte: DN
Comentário: as obras que foram feitas, algumas ainda continuam com dinheiros vindos da CEE, bem averiguadas, era possível que tivesse que ser devolvido uns milhares de euros.
A política é um cenário de anedotas num palco mal vidente, quando o bafo de alguns artistas afecta a respiração de outros.
Aplica-se mais uma taxa municipal e a massa volta ao lugar... o povo paga e nem dá por ela.
J. Carlos
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