“União contra os radicais”: fórmula para tentar salvar os 13 anos petistas e amordaçar o Brasil autêntico
♦ Marcos Machado
Cresce na mídia, oriunda de um vaidoso oitentão esquerdista a quem tanto deve o hoje decadente lulopetismo, a proposta de um falacioso “centrão” como única solução para conter os “extremos”.
Como o seu proponente, a proposta não é nova. Ela aflora de vez em quando entre nós como “salvadora da Pátria”, sempre que a esquerda está em apuros — nunca o contrário.
Ademais, o “centrão” não é o verdadeiro centro, mas uma média entre verdade e erro, direita e esquerda. Se se quisesse formar um verdadeiro centro, dever-se-ia procurar a verdade, e não o contrário. Pois estando a verdade no meio — in médio virtus — o meio só pode estar onde está a verdade.
Esses mesmos “senhores do centrão” dormiam tranquilos durante o descalabro dos governos petistas, com o favorecimento do MST, os acordos para salvar a Venezuela, a Bolívia e alguns países africanos “alinhados” com a política exterior esquerdista de Celso Amorim. A Venezuela de Chávez foi inserida no Mercosul, criou-se a malfada e inútil Unasul.
Pelo contrário, bastou o Brasil autêntico levantar-se em monumentais marchas nas principais cidades brasileiras contra o lulopetismo — milhões, na força do termo — para que o falso centro acordasse e se pusesse a clamar contra os perigos de uma direita que renascia.
Nestes últimos dias, a Carta de FHC (quem anda esquecido de quanto sua figura está agacée junto à opinião pública) pedindo “união contra candidatos radicais”, não passa de um velho realejo do falso centrismo, o qual pode sem sombra de dúvida ser qualificado de extremado e obsessivo.
Fala no mesmo sentido o artigo “Internacional extremista à vista”, de Clovis Rossi. Não pense o leitor que ele se refere à Internacional Comunista da China, Rússia, Coreia do Norte, Venezuela, Cuba etc. Não, o suposto perigo está na direita.
Afinal, não foi o PSDB de FHC que preparou o caminho para o PT e o ajudou a perpetuar-se no Poder?
Há um centrismo esquerdizante, radical e manhoso
“Há um centrismo esquerdizante, ao mesmo tempo radical e manhoso, que é a melhor ‘claque’ da esquerda”, escreveu o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
E prossegue: “Se um governo, para executar seu programa centrista, praticasse um fechamento tanto para a direita quanto para a esquerda, ele apresentaria evidentemente a grande característica ditatorial, a qual consiste em trancar a voz dos discordantes.”*
Equiparar hoje direita e esquerda é fazer o jogo do petismo
Em 13 anos de petismo, quanto o Brasil andou para a esquerda nas leis, nos costumes, nas alianças bolivarianas, na agenda homossexual, na invasão de propriedades rurais e urbanas?
Um “papel de tornassol” indicaria bem a tonalidade de vermelho que tingiu o País na ditadura petista, sem mencionar o período FHC.
O candidato que vencer as eleições presidenciais de 2018 encontrará, portanto, um Brasil muito mais dilacerado em sua “alma nacional”, com suas instituições mais destruídas do que há 20 anos.
A “união contra os candidatos radicais”, o medo de uma “internacional extremista à vista” quer, portanto, a vitória de alguém que consolide as desastrosas conquistas dos 13 anos da ditadura petista.
Esquecem-se esses inveterados dogmatistas — radicais do anti-radicalismo — que foi graças às monumentais marchas populares que percorreram as grandes cidades brasileiras a partir de 2015 que a ditadura petista foi desbancada?
E o que pediam essas marchas? — “Quero o meu Brasil de volta!”
Confessem que vocês têm medo da reação popular-conservadora e não ousam dizê-lo. O bode expiatório são os radicais.
* * *
PS: Colocar no mesmo banco dos réus, como se de extremos se tratasse, de um lado o extremismo petista — favorecedor ostensivo de ditaduras comunistas, incentivador do crime, ladrão, inimigo da família e da propriedade, desmoralizado, rejeitado e desbancado pelos brasileiros — e de outro, a força viva que empolga as gerações mais novas na reação conservadora que tomou as ruas do País a partir de 2015 e que opta por votar em Bolsonaro, é afrontar a justiça, a honra e o brio nacionais.
Não há alternativa para o falso centrismo senão amordaçar o Brasil autêntico.
Fonte: ABIM
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