sábado, 13 de agosto de 2016

JÁ FALTA SAGRES NOS RESTAURANTES


 
A produção e distribuição de cerveja é uma das indústrias que mais sentem o impacto das condições meteorológicas. Perde com o mau tempo, mas ganha com o calor. Exemplo disso foi a queda de consumo desta bebida nos últimos dois anos.
A culpa não foi do sentimento económico, mas da meteorologia. O clima castigou a indústria com meses de julho e agosto de pouco calor nos últimos dois anos, ao contrário do que tem acontecido no verão deste ano.
Tudo indica por isso que, este ano, o consumo de cerveja em Portugal vai ser superior ao que foi registado em 2015, quando se fixou nos 46 litros por pessoa.
Segundo o jornal i, há distribuidores que não estão a conseguir entregar cerveja Sagres em alguns restaurantes de Lisboa, por falta de stock. Os pedidos, por vezes, demoram a chegar e há quem não tenha mãos a medir.
“A prolongada canícula que temos vindo a sentir, sem paralelo nos últimos anos, leva certamente a um pico de consumo que poderá, em algumas situações pontuais, originar constrangimento de distribuição de produto”, admite a Central de Cervejas.
As cervejeiras contactadas pelo jornal admitem que os quatro meses de verão, de junho a setembro, representam cerca de 60% das vendas anuais de cerveja.
E apontam as condições climatéricas, o calor e pouco vento, como a fórmula de sucesso para uma boa época de vendas.
A Unicer, dona da Super Bock, diz mesmo que esta é uma época particularmente importante para o consumo de bebidas refrescantes, sobretudo cervejas, numa conjugação de vários fatores.
Desde logo, “uma maior predisposição das pessoas para saírem de casa e conviverem com a família e amigos, com um impulso importante para um canal de vendas – o Horeca – muito relevante na atividade da empresa”.
“É também durante estes meses que os portugueses continuam a marcar as suas férias”, salienta a cervejeira.
Mas o crescimento deste mercado não fica por aqui.
A dona da Super Bock lembra também que Portugal beneficia de um fluxo turístico muito positivo, com a passagem de muitos estrangeiros por Portugal, atingindo o pico neste período de verão.
Há também uma maior concentração de eventos, alguns de grande dimensão, como os festivais de música e as festividades regionais, onde a marca tem uma presença predominante.

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