O senador pelo estado norte-americano do Vermont e candidato à nomeação presidencial pelos democratas, Bernie Sanders, afirmou hoje que, apenas se perder todos os seus seguidores e falhar a candidatura, vai votar em Hilary Clinton.
"Eu penso que o ponto principal é que eu farei tudo para derrotar Donald Trump", afirmou Sanders, em entrevista ao canal MSNBC, referindo-se ao empresário multimilionário que é o candidato pelo Partido Republicano.
Em vez de elogiar Clinton ou oferecer uma concessão definitiva, algo que muitos democratas têm esperado ouvir antes da convenção do próximo mês, Sanders afirmou que Donald Trump é inapto para o cargo que deseja ocupar.
"Eu penso que Trump, se for eleito como presidente, vai ser um desastre para este país. Nós não precisamos de um presidente que alicerça a sua campanha em intolerância", declarou o senador.
Bernie Sanders afirmou que o candidato republicano alienou muitos eleitores com a sua retórica provocadora que envolve "insultar mexicanos, latinos, muçulmanos e mulheres", e que se trata de um candidato "que não acredita na realidade das mudanças climáticas".
Sanders tem sublinhado repetidamente que quer levar a sua campanha até à Convenção Nacional Democrática, em julho.
O senador tem resistido a deixar a sua campanha para trás e a aceitar a campanha de Hilary Clinton que, apesar de as eleições primárias a terem apontado como favorita para a corrida à casa branca, ainda tem que formalizar a sua nomeação na convenção em Filadélfia.
Em entrevista ao canal CBS, o senador explicou que ainda não formalizou o seu apoio a Clinton pois ainda não a ouviu "dizer as coisas que têm de ser ditas".
Sanders disse que quer influenciar Clinton e empurrar as suas posições políticas mais para a esquerda, de modo a "certificar-se de que o Partido Democrata se torna um partido que representa os trabalhadores, não Wall Street".
O maior desafio de Clinton é apelar aos democratas e independentes que têm apoiado Bernie Sanders.
Hilary Clinton expressou confiança de que, em novembro, será capaz de conquistar aqueles que favoreceram a revolução política de Sanders, apesar de ser uma candidata divisionista, mesmo dentro do seu próprio partido.
Fonte: Lusa
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