terça-feira, 15 de novembro de 2016

PSICÓLOGA COMPARA HOMOSSEXUALIDADE À TOXICODEPENDÊNCIA


 
Maria José Vilaça / Facebook
Psicóloga Maria José Vilaça da Associação de Psicólogos Católicos
Uma psicóloga que pertence a uma Associação Católica está a ser alvo de um processo disciplinar da Ordem por ter afirmado que ter um filho homossexual “é como ter um filho toxicodependente”.
Maria José Vilaça, responsável da Associação de Psicólogos Católicos (APC), proferiu a afirmação numa entrevista à revista Família Cristã, de acordo com o Público.
A declaração surgiu no âmbito de um artigo sobre a “ideologia de género”, onde a psicóloga nota que “para aceitar o filho não é preciso aceitar a homossexualidade”, segundo cita o diário.
“Eu aceito o meu filho, amo-o se calhar até mais, porque sei que ele vive de uma forma que eu sei que não é natural e que o faz sofrer. É como ter um filho toxicodependente, não vou dizer que é bom“, afirma Maria José Vilaça à revista, de acordo com a transcrição do Público.
A psicóloga já veio esclarecer, numa publicação no seu perfil do Facebook, que o que quis dizer é que, “perante um filho que tem um comportamento com o qual os pais não concordam, devem na mesma acolhê-lo e amá-lo”.
Não é uma comparação sobre a homossexualidade mas sobre a atitude diante dela“, diz ainda a psicóloga.

Ordem fala em declarações de “extrema gravidade”

Contudo, mesmo após este esclarecimento, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) anunciou a abertura de um processo disciplinar a Maria José Vilaça, “por considerar de extrema gravidade as declarações proferidas”.
Numa nota divulgada na Internet, a OPP destaca que vai endereçar o caso ao Conselho Jurisdicional para que este avalie se a psicóloga violou ou não os deveres éticos e deontológicos da profissão.
Apontando que recebeu “dezenas de queixas” e sublinhando que a psicóloga falava “a título profissional”, a OPP também sustenta que “não se revê nas afirmações proferidas”.
“As declarações não apresentam qualquer tipo de base científica” e “contrariam a defesa dos direitos humanos, da evolução e equilíbrio social e dificultam a afirmação dos psicólogos na sociedade”, constata ainda a OPP.
ZAP

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