A Guerra e Paz editores convidou Fernando Pessoa a explicar ele mesmo a Tabacaria. É possível que as explicações venham a escandalizar alguns contemporâneos. Em 37 textos, Fernando Pessoa, com o apoio de alguns dos seus heterónimos, semeia ventos para que os leitores colham tempestades: Onde é que foi escrita a Tabacaria? E foi mesmo Álvaro de Campos que escreveu esse poema, a que já alguém chamou uma «epopeia do fracasso absoluto»?
Neste
livro monumental da Guerra e Paz está o dedo de Fernando Pessoa. E o
dedo de Fernando Pessoa apontou para a Havanesa dos Retroseiros, no
cruzamento da Rua da Prata com a Rua da Conceição, na Baixa de
Lisboa. «Foi aqui», disse. Obediente, a câmara de Pedro Norton
começou a fotografar. Em 25 fotografias, Pedro Norton oferece-nos um
espelho no qual podemos ver o rosto de Pessoa e o rosto
dessa Tabacaria que ele, com a máscara de
Álvaro de Campos, escreveu, resignado e vencido.
Esta
é a Tabacaria de Álvaro de Campos, vista
finalmente da janela da mansarda a que Fernando Pessoa a escreveu. E
Pessoa explica como foi da solidão e silêncio que nasceram os
versos do poema e como o dominava uma histeria interior que logo, no
seu comportamento exterior, se convertia em neurastenia. São estes
os 37 textos que Pessoa autorizou a juntar à sua Tabacaria,
agora publicada em português e em traduções para inglês, francês,
espanhol e italiano. Drama, jogo e um certo teatro da identidade
constituem a matéria deste livro que a alma poliglota de Pessoa
escreveu em português, inglês e francês, e que o editor, Manuel S.
Fonseca, comenta, texto a texto.
A Tabacaria e
toda esta prosa exuberante, plural e íntima, está fechada num livro
raro, numa edição artesanal.
Diferentes
madeiras, diferentes papéis, fotografias e texto, na primeira e
única edição CIANOGÉNICA de Fernando Pessoa. Um dos mais belos
poemas da História da Humanidade, Tabacaria,
de Álvaro de Campos, em cinco línguas, seguido de 37 textos
íntimos de Fernando Pessoa.
Uma
edição única num formato de grande dimensão, 24 cm de largura
e 33 cm de altura. Com, e já
estamos a repetir-nos, fotografias a preto e branco de Pedro
Norton e apresentação de Manuel S. Fonseca.
Dentro
de uma meia caixa de madeira de choupo impressa a laser, um livro
e um álbum, pintados à mão, a azul ciano. A caixa é revestida
por uma orla envolvente noutra madeira, maple, e foi objecto de
impressão directa UV e a Laser 50w. Lombada do livro de 176
páginas monumentais com costura à vista e um grafismo original
de Ilídio Vasco. A acompanhar, numa pasta-álbum, em
papel Gardapat Klassica, de 250 gramas, juntam-se
25 fotografias à procura, na Baixa de Lisboa, das máscaras de
Pessoa. Madeira, papel, fotografia, numa edição artesanal,
limitada e numerada, que pode ver já no vídeo em cima.
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Desta
edição, que chega às livrarias a 23 de Novembro, fizeram-se
apenas 1.500 exemplares, todos numerados. Este livro não
voltará a ser reimpresso – é uma edição rara.
A
sessão de lançamento, com apresentação de Henrique Monteiro e
Joana Emídio Marques e a presença de Pedro Norton e Manuel S.
Fonseca, decorre a 28 de
Novembro, às 18h30, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.
Fernando Pessoa ou Álvaro de Campos, mas apenas um deles, por
incompatibilidade de feitios, estará presente.
Vânia Custódio | Comunicação
R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal
Tel. (+351) 213 144 488
Tlm. (+351) 913 050 026
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