terça-feira, 15 de novembro de 2016

COMBATE À CORRUPÇÃO DEIXA INDIANOS QUASE SEM DINHEIRO

 

Face à medida do primeiro-ministro em acabar com a circulação das notas mais altas para combater a corrupção no país, os indianos estão a ficar sem dinheiro.
Desde a semana passada que as notas de 500 e mil rupias desapareceram na Índia, uma medida levada a cabo pela primeiro-ministro Narendra Modi para combater a corrupção no país.
O problema é que esta situação fez com que os últimos dias fossem um caos completo porque, para além da grande maioria da população não ter conta bancária, surgiram longas filas à porta dos bancos e das lojas de câmbio com indianos que queriam entregar essas mesmas notas e receber o equivalente em notas mais pequenas.
Outro dos problemas é que a a maioria das caixas multibanco instaladas no país têm três espaços para notas de 500 e mil rupias e apenas um para notas de 100. Isto faz com que as notas mais pequenas acabem por se esgotar muito mais rapidamente. Resultado: a população está a ficar sem dinheiro.
O vice-ministro das Finanças, Shaktitanta Das, afirmou esta segunda-feira que o Governo está a par da situação e que já está a tomar medidas.
“Quero sublinhar mais uma vez que há dinheiro impresso suficiente tanto no Banco de Reserva da Índia como no sistema em geral. Não há motivo para pânico“, afirmou o governante.
O ministro das Finanças indiano, Arun Jaitley, tinha declarado que o processo de reprogramar as cerca de 200 mil caixas multibanco do país demoraria cerca de três semanas, algo que Shaktitanta já veio reformular, afirmando que uma força do ministério criada especialmente para o efeito está a tentar acelerar este processo.
As notas de 500 e mil rupias (sete e 14 euros respetivamente) são as que têm maior circulação na Índia. Modi considera que esta é a melhor medida de combate à corrupção.
“Meus companheiros, cidadãos, eu deixei a minha casa, a minha família, deixei tudo para servir o meu país. Vocês votaram em mim para abolir a corrupção? Se vocês exigiram isso, então eu devo fazê-lo ou não?”, questionou ontem o primeiro-ministro num dos seus discursos.
A medida foi inicialmente recebida com entusiasmo mas, perante esta situação, já se começam a notar algumas críticas.
ZAP / Sputnik News
Comentário: se têm receio venham para Portugal porque aqui não se passa nada. Até os banqueiros que conduziram os bancos à falência (gamanço) vivem uma vida dentro da pura normalidade, não são incomodados, não são colocados na prisão, são protegidos pelos amigalhaços do peito. 
Quanto à corrupção... raramente se fala sobre o assunto.
J. Carlos

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