O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves (PSD), afirmou esta quarta-feira que a nova legislação que proíbe o abate de animais "é insensata" e apenas vai mudar o problema, onerando os municípios e não o resolvendo.
"O nosso canil não vai ser elástico e a produção de cães vadios é muito alta e não se vai resolver com legislação insensata. Muda o problema e não o resolve", disse Ribau Esteves na reunião pública da câmara, ao ser questionado pelo PS sobre o projetado canil intermunicipal.
Na crítica à nova legislação, que classificou como "grave", o autarca referiu que foi fácil aos deputados da esquerda aprovar o novo diploma, porque vão ser os municípios a pagar os custos, já que um animal pode ter de permanecer no canil dez ou mais anos.
Manuel Sousa (PS) havia questionado o presidente sobre o que está previsto face à nova legislação, tanto mais que o município de Ílhavo, para onde até agora eram encaminhados os animais recolhidos em Aveiro, denunciou o respetivo protocolo e quis saber também como estava o projeto para um novo canil intermunicipal que Ribau Esteves enquanto presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), havia anunciado.
"A CIRA já fez o estudo e está à procura de projetista, sendo construído em Aveiro junto aos nossos serviços urbanos, em Taboeira. Aproveito para pedir a influência do PS junto do Governo para reverter o absurdo da legislação que custa muito dinheiro e não permite dimensionar o canil com qualidade", respondeu.
O Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro adjudicou um estudo sobre a viabilidade de um "Centro Intermunicipal de Recolha Oficial de Animais" para servir o território de 11 municípios, que ainda não tem projeto.
A Câmara de Aveiro havia estabelecido um acordo com Ílhavo para encaminhar os animais, enquanto não estivesse feito o equipamento intermunicipal.
Contudo, a Câmara de Ílhavo cessou os protocolos celebrados com os municípios vizinhos, relativos ao seu Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia, justificando-o com a lotação "esgotada de forma permanente e sistemática" e o novo enquadramento legal.
Tal enquadramento, referiu, "obriga a um conjunto de obras de beneficiação e à adoção de novas medidas de gestão, com vista ao acolhimento, estadia e encaminhamento dos animais.
Fonte: JN
Foto: Tony Dias/Global Imagens
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