quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Rendas sobem 1% e guias para conhecer contas e empréstimos

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Mais e menos
 
 
  Rosa Soares  
 
Rendas sobem 1% no próximo ano. A actualização das rendas em 2018, com base na evolução da inflação, ficará ligeiramente acima de 1%. A um mês do apuramento do valor final, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), sem habitação, fixou-se em Julho em 1,08%, o que corresponde a cerca do dobro do 0,54% que esteve na base da actualização no corrente ano. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), sem habitação, dos últimos 12 meses, terminados em Agosto, é o coeficiente utilizado para a actualização das rendas ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbana (NRAU). O valor final, incluindo o de Agosto, será divulgado em Setembro, mas a alteração face ao acumulado até Julho será mínima. O impacto do aumento de 1% numa renda de 300 euros mensais é de três euros, atingindo os seis euros numa renda de 600 euros. Nas chamadas rendas mais antigas, de montante significativamente mais baixo, o impacto é menor.
Guia para consultar a base de dados das contas bancárias e dos empréstimos. O Banco de Portugal disponibiliza uma base de dados com as contas bancárias de cada cliente, abertas ou já encerradas nos bancos nacionais. Também possui uma base de dados com as responsabilidades de crédito ou empréstimos de cada cliente. O acesso a estas bases de dados, feitas através do Portal do Cliente Bancário, é simples, podendo ser feito através do número de contribuinte e da senha de acesso ao Portal das Finanças. Em complemento, o Banco de Portugal criou uma espécie de guia para ajudar o cliente bancário a interpretar o seu mapa da base de dados de contas e o da responsabilidade de crédito, que são úteis para quem não está muito familiarizado com a linguagem bancária. A iniciativa do Banco de Portugal está inserida na secção "Descodificador", onde é possível ler trabalhos didácticos sobre vários temas, como o dos depósitos a prazo, porque "nas decisões financeiras ler também é o melhor remédio".
MEO lança oferta de Internet “armadilhada”. A MEO está a enviar uma mensagem telefónica (SMS) a clientes a anunciar a oferta de dois gigabytes (2GB) adicionais de Internet até 31 de Agosto. Este é o lado positivo da campanha, mas há um lado mau. É que, a partir do final do mês, os clientes podem manter esse plafond de Internet extra por 3,98 euros por mês, sem fidelização. Os clientes que não estiverem interessados vão ter de dizer, através de uma chamada grátis para o número 800200023, que recusam a oferta. Mas devia ser precisamente o contrário, quem estivesse interessado é que deveria ligar, a contratar o serviço. Mas, assim, a Meo não beneficiava do esquecimento de muitos clientes em relação ao prazo, dos que nem leram a mensagem, e dos que não a perceberam. A associação de defesa do consumidor Deco denunciou a situação, lembrando que a lei não permite que a ausência de resposta do consumidor seja considerada um consentimento tácito. A Anacom não demorará a obrigar a MEO a cumprir a legislação em vigor. O caso serve de alerta para outras ofertas comerciais semelhantes, que devem ser denunciadas.
(E eu denuncio-me: vou de férias, volto à sua companhia em Setembro.)
Sugestões, dúvidas, correcções podem ser enviadas para rosa.soares@publico.pt

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