Em
documentos submetidos aos órgãos de controladoria do governo
norte-americano, Bill Gates revelou estar doando US$ 4,6 bilhões em
ações da Microsoft. Este é o maior ato de caridade realizado pelo
bilionário desde 2000, quando ele realizou uma doação de US$ 5,1
bilhões, e o terceiro no ranking, com a entrega de US$ 16 bilhões
para instituições filantrópicas, em 1999, liderando a lista.
O
dinheiro doado totaliza 64 milhões de ações da Microsoft e deixa
Bill Gates com uma participação de 1,3% na companhia que fundou,
uma vez que ele ainda possui quase 103 milhões de cotas dela. Sua
esposa, Melinda Gates, possui mais 425 mil papéis, que, por
enquanto, seguem intocados desde que foram obtidos por ela.
A
doação também muda a avaliação da fortuna de Gates, que agora, é
de US$ 86,1 bilhões, de acordo com os dados da Bloomberg. O total
ainda é suficiente para deixá-lo no posto de homem mais rico do
mundo, mas torna a posição ainda mais ameaçada diante da ascensão
dos ganhos de Jeff Bezos, fundador da Amazon.
Em
meados de julho, o CEO da maior empresa de comércio eletrônico do
mundo ultrapassou Gates por alguns dias após uma alta nas ações da
Amazon. Com o esfriamento do mercado, a situação voltou ao estado
anterior, mas, como a companhia está em franca expansão enquanto o
fundador da Microsoft continua realizando suas tradicionais doações,
não deve demorar para que Bezos ocupe definitivamente a primeira
colocação. Atualmente, de acordo com a Bloomberg, a fortuna dele é
avaliada em US$ 84,3 bilhões.
Os
documentos submetidos à Comissão de Valores Mobiliários dos
Estados Unidos não revelam para qual instituição de caridade as
ações da Microsoft estão sendo doadas. Anualmente, Gates doa cerca
de US$ 80 milhões em cotas para diferentes iniciativas de apoio aos
mais carentes, além de reverter parte de sua fortuna para a fundação
que mantém ao lado da esposa.
Atualmente,
Steve Ballmer é o detentor de maior parte das ações da Microsoft.
Gates, apesar do baixo total, ainda é o segundo, seguido pelo atual
CEO da empresa, Satya Nadella.
Fonte: Bloomberg
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