Há sete casos de sarampo confirmados e 34 suspeitos na região Norte. Três doentes estão internados, um dos quais em estado instável. A maioria dos contagiados são profissionais de saúde do Hospital de Santo António, no Porto.
A Direção-Geral da Saúde informou que "a presente situação na Região Norte configura a existência de um surto".
Desde o dia 9 de Março foram notificados 34 casos suspeitos e há sete casos confirmados, revela o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), publicado ontem à noite.
Os doentes com sarampo confirmado por análises laboratoriais no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge são todos adultos e a maioria são mulheres (4).
Dos sete casos confirmados, cinco são profissionais de saúde, três não estavam vacinados e um tinha o esquema vacinal (duas doses) incompleto.
Ontem à noite estavam três doentes com sarampo internados, um dos quais em estado instável, e outro internado a aguardar confirmação laboratorial da doença.
Segundo a DGS, o primeiro caso foi diagnosticado no dia 2 de março. Trata-se de um homem com 27 anos, de nacionalidade francesa que, segundo apurou o JN, foi diagnosticado no Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos.
Está clinicamente curado e não chegou a ficar internado, confirmou o JN junto de fonte hospitalar.
O segundo caso, um homem de 43 anos com diagnóstico clínico feito a 12 de março, está internado e clinicamente estável, refere a DGS.
O JN soube que este doente, que foi referenciado por um centro de saúde com sintomas de sarampo, está no Hospital de S. João, no Porto, em isolamento, como mandam as normas de controlo de infeção.
Os outros cinco casos confirmados são todos profissionais de saúde do Hospital de Santo António, o que levou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a reforçar o apelo à vacinação de quem trabalha com doentes.
Aos profissionais de saúde sem história credível de sarampo, a DGS recomenda a toma de duas doses de vacina, independentemente do ano de nascimento.
Graça Freitas pediu aos portugueses que consultem os boletins de vacinas para confirmarem se estão vacinados contra o sarampo e, no caso de não estarem a contactarem o respetivo centro de saúde.
A diretora-geral da Saúde apelou também aos pais que não atrasem as tomas das vacinas dos seus filhos.
Segundo o Plano Nacional de Vacinação, a vacina do sarampo deve ser tomada aos 12 meses e aos cinco anos de idade.
De acordo com o Inquérito Serológico Nacional 2001/2002 cerca de 97% da população nascida antes de 1970 está protegido contra o sarampo. A explicação é simples: ou teve a doença ou esteve em contacto com o vírus e ficou imune.
A vacinação é meio mais eficaz para evitar o contágio do sarampo, uma doença altamente contagiosa e que pode evoluir desfavoravelmente sobretudo em pessoas não vacinadas.
"Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir, mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso", assegura a DGS.
No caso de contacto com um caso suspeito de sarampo ou de sintomas sugestivos da doença (febre, erupção cutânea, conjuntivite, congestão nasal, tosse), a DGS recomenda ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) antes de correr para um serviço de saúde.
JN
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