terça-feira, 13 de março de 2018

Dias 16 e 17 de março Ciclo de Teatro Amador prossegue em Ançã, Cantanhede, Pocariça, Casal (Cadima), Portunhos e Tocha



A agenda cultural do concelho de Cantanhede no próximo fim-de-semana continua dominada pelo ciclo de teatro amador promovido pela Câmara Municipal para fomentar a revitalização da produção teatral nas comunidades locais, estimulando as associações a desenvolverem atividade nesta área através de um apoio específico para o efeito. A edição deste, a vigésima, é a maior de sempre, quer quanto às entidades associativas envolvidas, que são 17, quer no que diz respeito ao número de participantes, um total de mais de 360 pessoas, entre atores e outros elementos que asseguram diversas tarefas inerentes à produção, encenação e montagem dos espetáculos.
A iniciativa prossegue na sexta-feira, 16 de março, às 21h30, com o regresso do grupo O Cénico dos “Esticadinhos” ao palco da sua sede, depois de na sua jornada de itinerância ter estreado A Revista vem a Cantanhede, uma adaptação de Fernando Geria. Trata-se de um espetáculo em torno do sucesso que este género teatral tem vindo a merecer pelo público local e que tem motivado o grupo a trazer a Cantanhede “A Revista”. Cenas bem divertidas, onde não falta a crítica social, a ironia, a música e sobretudo a fantasia sem limites numa noite que promete boa disposição.
No dia seguinte, 17 de março, também às 21h30, será a vez do Novo Rumo - Grupo de Teatro de Amadores de Ançã se apresentar perante o público da sua comunidade no Centro de Dia de Ançã. O Santo e a Porca, uma divertida comédia de Ariano Suassuna adaptada pelo Novo Rumo, conta a história de um velho avarento, devoto de Santo António, que guarda as economias de toda a vida numa porca-mealheiro. Ao receber uma carta de Eduardo Vicente, dizendo que este iria privá-lo de seu mais precioso tesouro, o avarento, fica apreensivo achando que se trata do dinheiro da porca, mas Felisberta, a empregada da casa, logo percebe que o tesouro em causa é Margarida, a filha do sovina, mas os equívocos gerados com a missiva, esses, prometem ser hilariantes.
Igualmente no sábado, à mesma hora, as Pequenas Vozes de Febres sobem ao palco da Associação Cultural e Desportiva do Casal para representar Asas no Coração, um musical baseado no livro de memórias The Story of the Trapp Family Singers, escrito por Maria von Trapp. A peça retrata a história de Maria, uma jovem que está num convento para se tornar freira, mas que, por conseguir seguir as rígidas normas das religiosas, é enviada para trabalhar como governanta de sete crianças. O pai dos meninos é um oficial da marinha, viúvo, que desde a morte de sua esposa educa as crianças com rigor militar. Depois de trazer música e amor para as vidas das crianças através da bondade e paciência, Maria casa-se com o capitão e, juntamente com as crianças, descobre uma maneira de sobreviver à perda da sua terra natal através da coragem e da fé.
No mesmo dia e à mesma hora, o Grupo de Teatro da Associação do Grupo Musical das Franciscas, leva ao palco do auditório do Centro Paroquial de Cantanhede Vivá Revista!, um original de Dora Jesus. A peça constituída por um conjunto de quadros satirizados da atual sociedade, seja a partir de uma figura pública ou de uma profissão estilizada, que conferem momentos bem divertidos, fazendo cumprir o ancestral princípio de que a rir se criticam os costumes.
Sábado haverá também teatro na sede da Associação Musical da Pocariça, onde, a partir das 21h30, o Grupo de Teatro Musical da Filarmónica de Covões irá representar 7 Vidas, o Musical, espetáculo inspirado no sobejamente conhecido musical de Andrew Lloyd Webber, numa adaptação de Ana Teresa Oliveira. A história retrata um grupo de gatos, conhecidos como Jellicle Cats, que se reúne uma vez por ano para celebrar o Jellicle Ball, ocasião em que se escolhe o felino que poderá ter uma vida melhor, renascendo. A história desenrola-se em modo de farsa com uma acutilante crítica social com cada personagem-gato a representar um estereótipo humano. A partir da meia-noite os gatos vão aparecendo para mostrar as suas habilidades numa fusão de poesia e dança para que só um seja escolhido num processo em que só conta aquilo que efetivamente valem.
Ainda no sábado, o Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima sobe ao palco da Associação 1.º de Maio, da Tocha, para apresentar O dia em que Raptaram o Papa, comédia de João Bethencourt numa adaptação livre de Carla Leite, Maria João Espírito Santo e Paula Lucas. A peça tem como contexto o desaparecimento do Papa durante uma visita oficial, tendo como personagens o Sumo Pontífice, um taxista judeu e sua família, um rabino, um cardeal, forças militares, a comunicação social e a população de uma aldeia, de um país, do mundo inteiro. E a grande questão é: Qual será afinal o preço do resgate?
A jornada fica concluída no sábado, com o Grupo Cénico do CSPO – Centro Social e Polivalente de Ourentã a apresentar, às 21h30, na sala da Fundação Ferreira Freire, em Portunhos, “A Farsa do Advogado Patelino”, comédia baseada no original francês do final do século XV, “La farce de maître Pathelin”. Trata-se de uma comédia de costumes sobre as peripécias de um causídico esperto e ardiloso que, com a ajuda da sua astuciosa mulher, engana um comerciante simplório. Depois de ter defendido e conseguido a absolvição de um pastor em tribunal, num processo que lhe foi instaurado pelo tal comerciante, o jurista vê-se tomado nas teias que ajudara a tecer: o pastor recorre à estratégia que lhe havia sido instruída e recomendada para agora ludibriar também o próprio advogado.


Sobre O Cénico dos “Esticadinhos” de Cantanhede
O Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede, fundado em 1935, conhecido e reconhecido pelos seus pares, mesmo além-fronteiras, de modo a construir mais uma fonte onde as suas gentes pudessem beber cultura, formou em 1985 o grupo de teatro “Os Esticadinhos”. Para a sua génese em muito contribuíram Carlos Garcia, que fazia parte da direção desta coletividade desde então, e António Francisco, conhecido por todos como “Chico Carteiro”, o qual durante anos coordenou as peças de teatro (“Culpa e perdão”; “Malditas letras”; “Deus, ciência e caridade”; “Marido da minha mulher”; “Código penal”; “como se vingam as mulheres”; “Erro judicial”; “Meu marido que Deus o haja”; “Justiça ou vingança”; “Criado distraído”; “A órfã”; “Que mulheres”; “Casa de Pais”; “Cavalheiro respeitável”; “Duas causas”; “Marido de duas mulheres”; “Filho pródigo”; “Tire daí a menina”; “Filho sozinho”; “Flor da Aldeia”; “Crime de uma mulher honesta”; “Namoro engraçado”; “Rainha Santa” e “Processo de Jesus”). A peça “Processo de Jesus” foi relevante, tendo alcançado um êxito a nível de teatro amador no concelho. Participaram quatro dezenas de personagens, elementos do grupo, bem como atores dos grupos de teatro das Franciscas, Murtede, Sanguinheira e Vila Nova de Outil. Esta peça foi a palco em todas as localidades referidas e várias vezes na cidade de Cantanhede, chegando a ser apresentada na cidade de Viseu no ano de 2000.
Em 2003 foi levada a palco a peça “Inês de Castro” encenada por Dulce Sancho.
Em 2004, passou a coordenar o grupo de teatro Carlos Pacheco, o qual encenou e levou a palco as peças “Terra Prometida”, “Está lá fora o Sr. Inspetor”, “Tá tudo Maluco”, “Hotel 69”, “Inês de Castro e Rainha Santa” e “A Sr.ª Presidenta”. Todas as peças referidas são originais escritas pelo próprio Carlos Pacheco e apresentadas no Ciclo de Teatro promovido pelo Município entre os anos de 2004 a 2011.
Por ser uma vontade da Direção do Rancho Regional “Os Esticadinhos” e umas valências de grande importância para dar de beber cultura e lazer, em 2016 foi ativado o grupo de teatro do Rancho Regional “Os Esticadinhos”, do qual é responsável Fernando Geria, tendo reunido um grupo de voluntários maioritariamente “esticadinhos”, movidos pelo “bichinho do Teatro” e que de uma forma arrojada, mesmo em contratempo, decidiram retomar a participação no Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede.

Sobre o Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã
O Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã é um grupo que nasceu da vontade de muitos amantes desta arte cénica, no ano de 1983, a 28 de março. Após um início conturbado, este grupo entrou numa fase de paragem e reflexão.
Em março de 2002, por convite da Junta de Freguesia de Ançã, na pessoa do então Presidente da Junta de Freguesia Dr. Pedro Cardoso, foram convidados todos quantos já haviam participado no referido grupo, no sentido de fazer reiniciar a sua atividade.
Retomada a atividade regular, o grupo tem vindo a participar ativamente no Ciclo de Teatro do Concelho de Cantanhede e esporadicamente no Ciclo de Primavera do INATEL, registando enorme acolhimento junto do público que o tem recebido.
O Novo Rumo, apesar de muitos anos de existência, começou do zero. Não existiam peças pertencentes ao grupo, não existia qualquer tipo de material cénico (roupas ou qualquer outro tipo de adereços), não tem um espaço próprio, com disponibilidade e condições de trabalho para ensaios e apresentações e os fundos são parcos. Apenas existe muito boa vontade, esforço, entusiasmo e paixão de todos os elementos que compõem o grupo.
Porém, porque sempre foi convicção deste grupo que, criando melhores condições de trabalho e apresentação de peças, este entusiasmo poderia ser ainda maior, dinamizando o público mais jovem para este tipo de arte, foi crescendo e adquirindo equipamento que permitisse melhorar cada vez mais o produto final a apresentar ao público.
Neste momento, dispõe de equipamento de som e luz, vocacionado para este trabalho e de excelente qualidade, adquirido com esforço dos elementos, ajuda dos sócios e a comparticipação da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal.
Desde o reinício do Grupo foram já levadas a cena as seguintes peças: Hora de partir, drama; O Gato, comédia; O meu Amor é traiçoeiro, drama; Os trinta botões, comédia; O amor, comédia; Aqui há fantasmas, comédia; O céu da minha rua, farsa; Sonho de uma noite de verão, comédia.
O Grupo de Teatro “Novo Rumo”, num processo de evolução natural, sentiu necessidade de divulgar as artes cénicas e o gosto por esta forma de arte milenar junto de um público mais infantil, por considerar ser este um desafio que apesar de exigente, poderia dar muitos frutos. Por isso, desde 2006 tem vindo a apresentar peças infantis, que pelo seu sucesso os motiva a fazer mais e melhor! Tem envolvido cerca de 10 crianças por peça e tem sido apresentada localmente, em algumas localidades, escolas do concelho e Hospital Pediátrico de Coimbra, com enorme sucesso. Peças Infantis já apresentadas: Ursinho Guloso – 2007; D. Tão Parlapatão – 2008; Biscoitos de Natal – 2008.
Após um período de interregno, em outubro de 2013, o Grupo de Teatro “Novo Rumo” retomou as suas atividades e participou na 16.ª edição do Ciclo de Teatro Amador, organizado pela Câmara Municipal de Cantanhede, com a peça “Uma Bomba Chamada Etelvina”, uma comédia escrita por Henrique Santana e Ribeirinho.

Sobre o Grupo de Teatro Musical da Filarmónica de Covões
A memória coletiva, sobretudo de transmissão oral, sustenta que a 13 de junho de 1868, “um grupo de homens liderado por Manoel Francisco Miraldo formou pela primeira vez a Banda de Covões para tocar na festa de Santo António, padroeiro da localidade.”
Pessoa distinta, bem formada e com ligações a um movimento político e a personalidades bem colocadas, Francisco Manoel Miraldo terá liderado a fundação da filarmónica mais vetusta do concelho de Cantanhede, recrutando para o efeito instrumentistas entre os rapazes de Covões e das localidades mais próximas, “jovens com a pele queimada do sol e as mãos calejadas do trabalho agrícola que se juntavam, em ambiente de convívio, para aprender música, tomar contacto com os instrumentos e treinar movimentos de marcha”.
No âmbito do trabalho desenvolvido na disciplina de canto da sua escola de música, formou-se em 2016 o Grupo de Teatro Musical de Covões, que conta já com diversas apresentações nos concelhos de Cantanhede e de Mira.

Sobre o Grupo de Teatro da Associação do Grupo Musical das Franciscas
Remonta a largos anos atrás o envolvimento da população das Franciscas nas atividades das artes de palco, havendo dados que referem representações de 1931 como uma atividade bem expressiva da comunidade local, que com grande brio preparava as diversas atuações públicas. Esta prática manteve-se até 1960, sensivelmente, ao que se seguiu um período menos ativo.
Mas a paragem foi meramente pontual, pois a vontade, a arte e o engenho que caracteriza as gentes das Franciscas não tardou em voltar a manifestar-se, tendo a atividade teatral sido recuperada por volta de 1970, permanecendo em plena expressão até ao ano de 2002. O Grupo de Teatro da Associação do Grupo Musical das Franciscas foi um dos pioneiros no Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede que o Município de Cantanhede iniciou em 1998.
Posteriormente, por dificuldades várias, voltou a ausentar-se em algumas edições, mas regressa agora, que está concluída grande parte das obras da sede social, com motivação acrescida e renovada dos seus corpos sociais.
Conforme referem os responsáveis, o grupo volta a aparecer em cena com pujança e vontade de fazer perdurar o legado cultural herdado de outros tempos e que se mantém com a predisposição natural da população das Franciscas para a representação teatral.

Sobre o Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima
O Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima (URC) nasceu por iniciativa da direção da URC, no ano 2000. Na sequência da informação recebida por esta associação da realização do II Ciclo de Teatro, promovido pela Câmara Municipal de Cantanhede, a direção decidiu contactar e convidar algumas pessoas com anterior experiência de palco, em Cadima. É dessa forma que o Grupo de Teatro renasce já que, até meados da década de 1980, se ia fazendo algum teatro na coletividade.
Habitualmente, o grupo não recorre a textos próprios. Farsas são o tipo de peça que mais agrada levar à cena. Contudo, e em virtude das dificuldades em encontrar peças deste cariz, cujo conteúdo agrade aos elementos do grupo, tem levado à cena vários dramas, mas também pequenas comédias. É essencial, qualquer que seja o estilo de peça levada à cena, que o texto transmita uma mensagem.
Em 2008, pela dificuldade já mencionada em encontrar peças, o grupo decidiu não integrar o Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, mas não deixou de receber um dos grupos que estava nele inserido. No mesmo ano, e para não parar a atividade, realizou uma “soirée” com declamação e teatralização de vários textos em prosa e poesia.
Para além das atuações no Ciclo de Teatro, o grupo tem aceitado convites para apresentar o seu trabalho por parte de coletividades do Concelho e fora deste, designadamente Cordinhã, Caniceira e Canelas, em Vila Nova de Gaia, com as quais tem partilhado enriquecedoras experiências, contributos relevantes para a própria dinâmica que o grupo tem assumido.
No ano 2006, um grupo de teatro da Escola Pedro Teixeira acompanhou o grupo nas suas atuações com uma peça da sua autoria.

Sobre Pequenas Vozes de Febres
O “Coro infantil de Febres”, surgiu a 16 de março de 2010, na altura, constituído por 24 crianças. Atualmente, tem cerca de 60 elementos, cujas idades variam entre os 3 e os 16 anos e denomina-se de “Pequenas Vozes de Febres”.
Mesmo não estando envolvidos grandes encargos financeiros, uma vez que o grupo é um projeto da Junta de Freguesia de Febres, de quem recebe importantes apoios, em termos de cedência do local de ensaios, aos aspetos mais burocráticos, ou outros, será de realçar, o apoio do Município de Cantanhede e o interesse dos pais e familiares em todas as participações em que o grupo tem estado presente.
Os, já, 6 anos de existência são motivo de orgulho para todos pelos momentos de alegria e de paixão posta nas representações concretizadas. A história que se tem vindo a construir pelas “Pequenas Vozes de Febres” não tem deixado ninguém indiferente, tantas têm sido as manifestações de apreço recebidas.
O Coro dos Pequenas Vozes de Febres é dirigido, desde a sua fundação, pela maestrina Anabela Rocha que é, também, a principal obreira deste projeto. O grupo tem como objetivo proporcionar, a todas as crianças, um desenvolvimento equilibrado e um apreço salutar de cada um pela música, ajudando-as a adquirirem maior confiança, maior autoestima para aprenderem a trabalhar e a evoluírem, em grupo, criando, nelas, o gosto pela prática musical de conjunto.
Em 2012, o grupo lançou o seu primeiro cd, intitulado “Sonho de criança” e, em 2014, lançou o seu segundo álbum com dvd incluído, “Asas do Sonho”.
O grupo tem apostado, essencialmente, na música Portuguesa. Atuações de destaque: em fevereiro e março de 2015, participou no XVII Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, com o musical “Frozen – No Reino do Gelo”. Em maio de 2015, por altura do seu 5º aniversário apresentou um espetáculo sobre o festival da canção. Em dezembro de 2015 participou no programa “A Praça”, RTP1. Em fevereiro de 2016 iniciou o XVIII Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede com a apresentação do musical “A Princesinha”.
Até à data já realizaram mais de uma centena de atuações e uma dezena de representações dos musicais em vários distritos do país.

Sobre o Grupo Cénico do C.S.P.O. – Centro Social e Polivalente de Ourentã
Constituído por cerca de 25 elementos, entre atores, atrizes e demais colaboradores, o Grupo Cénico do C.S.P.O. – Centro Social e Polivalente de Ourentã fez renascer na freguesia uma tradição local que há muitos anos se encontrava sem atividade.
A primeira formação teatral conhecida remonta a 1936, cujas atuações permanecem ainda na memória de alguns dos residentes mais velhos como acontecimentos importantes na dinamização sociocultural da comunidade. Depois de vários períodos de interrupção, o último dos quais de vinte anos, devido a dificuldades no relacionamento entre a direção então eleita e o proprietário do imóvel que servia de sede à coletividade (Centro de Recreio Popular de Ourentã), o teatro voltou a ter expressão em Ourentã em 2003, ano em que um conjunto de entusiastas mobilizou esforços e vontades para criar um grupo cénico no âmbito da valência cultural do Centro Social e Polivalente de Ourentã, que havia sido fundado em 1995.
Para além do objetivo de fazer reviver uma tradição antiga na freguesia, na base da iniciativa esteve também a motivação dos promotores em fazer representar a instituição no Ciclo de Teatro Amador, programa da Câmara Municipal com reconhecido alcance cultural e grande notoriedade em todo o Concelho.
Depois do afastamento de Laurindo Francisco, em 2005, por motivos de saúde, Abel Ribeiro ficou a coordenar o grupo, cujos elementos têm participado nas ações de formação que a autarquia cantanhedense tem vindo a promover, sob orientação de atores profissionais.
Segundo os seus responsáveis, estas ações têm sido um fator muito importante na valorização técnica e artística dos intervenientes, ao mesmo tempo que têm permitido tirar melhor partido dos recursos e alargar os horizontes do grupo na produção dos espetáculos.
O financiamento da sua atividade é assegurado pelo CSPO, que também gere as receitas provenientes de outros apoios e subsídios, entre os quais o que é atribuído pela Câmara Municipal no âmbito dos ciclos de teatro.
Os ensaios decorrem normalmente na sede do CSPO ou, quando isso não é possível, num dos salões da Junta de Freguesia de Ourentã. O trabalho é desenvolvido ao longo do ano com a regularidade possível, de acordo com a disponibilidade das pessoas envolvidas, muitas vezes com grande sacrifício.



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